ESBOÇO é um convite para o público vivenciar os caminhos do enlouquecimento para além da replicação de estereótipos e de tipos de cuidados já cronificados diante de um transbordamento afetivo. No campo artístico, assim como na vida, o encontro com a Loucura proporciona o abalo das certezas e a denúncia dos modos que se instauram como padrão. Portanto, no atual contexto de supremacia dos argumentos nos palcos, problematizar o ‘como se faz’, em atrito com ‘o que é dito’, é uma exigência que a Loucura faz para não ser cenicamente enclausurada.
A 3C – Plataforma de Pesquisa, Criação e Produção Cultural Antimanicomial se debruça sobre as obras ‘Esboço’ e ‘Com os meus olhos de cão’ de Hilda Hilst, uma das maiores poetas e escritoras de língua portuguesa, e encontra a Loucura desenhada como extrema lucidez. É a partir desta chave poética que ESBOÇO narra a história de Riolo, um homem que após ter um insight de que toda vida é apenas e tão somente um esboço, passa a conviver com esta condição diante de tudo e todos.
Idealizado por Rafael Costa (ator, psicanalista e pesquisador teatral via dispositivos clínico-artísticos) e dirigido por Donizeti Mazonas (ator e diretor que se dedica há duas décadas a uma investigação cênica a partir da obra de Hilda Hilst), ESBOÇO é um solo com foco na atuação e no caráter transformador das criações antimanicomiais. Uma perspectiva crítica e antimanicomial do encontro ‘CULTURA e SAÚDE MENTAL’. Um espetáculo que busca hospedar a experiência estética e demasiadamente humana de estranhamento.
Sinopse:
A loucura desenhada como extrema lucidez é a chave poética de ESBOÇO, espetáculo com foco na atuação e no caráter transformador das criações antimanicomiais. Fruto das investigações sobre a potência dramatúrgica presente nas obras ‘Esboço’ e ‘Com os meus olhos de cão’, de Hilda Hilst, o solo apresenta Riolo, um professor de matemática pura que, após expelir a constatação de que tudo em sua vida é apenas um esboço, passa a conviver diariamente com esta condição. Diante de tudo e todos, a única palavra possível é “esboço”.
Duração:
50 minutos
Histórico:
Ago/2023 – Idealização do projeto durantes os encontros para estudo de atuação com Donizeti Mazonas.
Mar/2024 – Aprovação no edital de sala de ensaio do Centro Cultural Olido e início dos ensaios.
Out/2024 – Primeira abertura de processo na Cia do Pássaro, São Paulo – SP.
Mai/2025 – Temporada de estreia, projeto Teatro Mínimo, Sesc Ipiranga, São Paulo – SP.

Críticas:
O rascunho como matéria poética – Bob Sousa
Esboço de um delírio: Hilda, o corpo e a linguagem em movimento – Poliana Pitteri
Clipping:
Ficha técnica:
Idealização: Rafael Costa e 3C – Plataforma de Pesquisa, Criação e Produção Cultural Antimanicomial Textos: Hilda Hilst Direção e dramaturgismo: Donizeti Mazonas Atuação: Rafael Costa Produção: Plataforma Estúdio de Produção Cultural Desenho de Som e operação: Pedro Canales Videografia: Vic von Poser Operação de Vídeo: Vic von Poser e Júlia Favero Design e Operação de Luz: Dimitri Luppi Assistente de Iluminação: Léo Sousa Operação de Luz: Sibila Cenário e Figurino: Renan Marcondes Direção de produção: Fernando Gimenes Produção executiva: Bruno Ribeiro Fotos: Keiny Andrade Registro e edição de vídeo: Bruta Flor Filmes Redes Sociais: Jorge Ferreira Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Flávia Fontes e Dani Valério Apoio e Sala de ensaio: Cia do Pássaro – Voo e Teatro
